terça-feira, 12 de julho de 2011
Sobe !!
Sobe tudo nessa vida !!
Sobe o preço da carne..
Do pão...
Da gasolina...
Do feijão !!
...
Um poema também cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se até contra a falta de romance da subida do preço do feijão, gasosa and carne !!
Êita carestia da gota !! Êita Brasil sofrido k nóis gosta !! KKKK!!!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
e como gostamos...
ResponderExcluir